segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Problemas na reprodução/criação?Reveja aqui os procedimentos!

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Crédito da foto: http://www.tumblr.com/tagged/fatbird?language=pt_BR

 Problemas na reprodução/criação?Reveja aqui os procedimentos!

- A primeira e mais importante de todas, se um casal não se catar e não se alimentarem mutuamente dificilmente serão um bom casal a criar, isto se criarem de todo. Eu não costumo fazer de cupido, mas se quiserem ir por aí, poderão fornecer o AD3DC+K a estes casais. Eu prefiro separa-los para que eles encontrem o seu parceiro por escolha própria. O amor não se quer forçado para ninguem mas é só a minha opinião e vale o que vale.

- A segunda mais importante será, serão mesmo um casal? É que aos pares, muitas vezes, eles (mais no caso dos machos) assumem um papel masculino e o feminino, o que nos dá sérias duvidas inicialmente mas, porém, ao começar a criação, se o material não é levado para o ninho, podem começar a desconfiar. Outra indicação de serem passaros do mesmo sexo é quando aparecem ovos todos os dias, não quer dizer que uma vez ou outra não possa acontecer uma fêmea pôr 2 ovos muito apóximados e nos parecer dois no mesmo dia mas as posturas são feitas dia sim dia não.

- O ninho deverá estar mais alto que baixo na gaiola e esta deverá estar abrigada do frio, da humidade excessiva, das correntes de ar mas deverá estar num espaço com ventilação.

- Deverá ser fornecido material para fazer o ninho, folhas de palmeira verdinha (passada por água para retirar o pó), préviamente desfiadas, cortadas, postas no ninho, etc...isto no caso do casal ser preguiçoso, se não fôr, basta cortar um bocado do ramo tenrinho e pôr dentro da gaiola que eles fazem o resto. No caso dos roseicollis, a femea leva o material e faz o ninho, no caso dos personatas e fischeris por exemplo, o trabalho em em equipa e o resultado é maravilhoso.

- O tempo de criação é de Setembro a Julho (eu gosto de dar 3 meses de descanso, por isso por estes lados acaba em Junho, é muito benéfico para as fêmeas em particular e também é bom ter 3 meses por ano para poder brincar com eles (casais) à vontade). Dá tempo para 3/4 posturas e as fêmeas poderão pôr entre 3 a 6 ovos mas já vi fêmeas a pôr 1 e fêmeas a pôr 8. Cabe ao criador conhecer as suas fêmeas e saber a capacidade do casal para a criação. Há casais que criam bem 6 filhos, são fenomenais mas isso é um desgaste muito grande para eles, eu costumo deixar apenas 4 filhotes no máximo e os outros filhotes são criados por "madrastas". Quando não se pode recorrer a madrastas, os pais terão de os criar.

- É preciso sempre vigiar, mas para as fêmeas de primeira viagem, é necessário vigiar mais as posturas e suplementar religiosamente com cálcio, para que não haja problemas de ovos atravessados ou presos

 - Pode acontecer ás femeas inexperientes, não darem alimento aos filhos e deixa-los morrer na primeira postura. Algumas não sabem como lidar com os bebés, nem sabem o que se espera delas, isto geralmente acontece mais com as fêmeas muito novas (inferior a 1 ano). Se houver madrastas, as madrastas criam, se não, não há muito mais a fazer, criar à mão um bebé de um dia, eu nunca consegui e acho que não há casos de quem tenha conseguido, o meu máximo foi 5 dias. Mesmo que a temperatura não seja um problema, o tamanho do bico e a injecção de comida, por mais meigos e suaves que sejamos, o risco de lesões é elevadissimo.

- É sempre bom que o casal tenha mais de um ano, na minha opinião, e porquê? Porque serve precisamente para evitar estes problemas, quer para evitar que a fêmea não saiba o que fazer aos filhos, porque anda na brincadeira e do rock n' roll e portanto não tem maturidade para ser mãe, quer para evitar que macho não cubra a fêmea, porque podemos ve-lo a esfregar-se vigorosamente nos poleiros e pensar "grande macho" mas na realidade quando os machos são novinhos e se começam a masturbar nos poleiros (ou objectos) quer dizer que não procuram a fêmea sexualmente. Isto obviamente que pode haver excepções, porque o meu Casquinha, procura a fêmea e continua volta e meia nos poleiros ou nos bonecos, etc. Também pode acontecer eles fazerem isso porque as fêmeas os rejeitam e podem rejeita-los por diversos motivos, porque ainda são novas, porque eles estão doentes, por incompatibilidade, etc.

-  Há medida que a fêmea põe um ovo, deveremos apontar a data e ver/sentir diáriamente se os ovos estão a ser chocados (se estão quentes), se a resposta é afirmativa, esperamos 7 dias para ver se o ovo está galado (cheio). Podem colocar contra a luz e não há margem para duvidas entre um cheio e um vazio. Para cada ovo o periodo é o mesmo, 7 dias, por tanto se ela pôs no dia 14 um ovo e outro no dia 16, vamos ver se o primeiro ovo está galado no dia 21 e o do dia 16 no dia 23.

- Apartir do momento em que a fêmea começa a chocar, o periodo de incubação é de 21 dias.

- Devemos ter em consideração que se tiverem dado um preventivo de salmonelas, como o Salmocoli (ou qualquer preventivo que contenha sulfas), isso irá esterilizar o macho durante apróximadamente 1 mês.

E pronto, espero ter ajudado em alguma coisa, qualquer duvida, estou ao dispôr!

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Agapornis - Sabia que...

Algumas curiosidades interessantes sobre Agapornis.
  1. Já se sabe que a maioria das mutações dos Agapornis, são o trabalho de anos de cruzamentos e apuramentos de cor pelo homem, os Agapornis que não sejam verde comum, dificilmente sobreviveriam numa floresta, pois não teriam como se camuflar entre a vegetação. Além de não serem reconhecidos e acolhidos pelos agapornis selvagens devido sua cor diferente.
  2. A espécie Roseicollis é considerada a mais agressiva na natureza (e eu pensava que eram os Nigrigenis). Já em cativeiro, ouve-se muito falar no temperamento dos Personatus mas isso varia muito com o tipo de criação e ambiente no criadouro. As aves de colónia são sempre mais agressivas do que as aves de gaiolapor exemplo.
  3. A razão pela qual é tão dificil por vezes apanhar as doenças dos agapornis a tempo de serem tratadas, é porque está na sua natureza "disfarçar" o seu estado, para não atrair predadores, por isso os sintomas muitas vezes passam despercebidos pelos donos e quanto a ave já está aparentemente muito doente, quer dizer que está num estado crítico.
  4. Os primeiros agapornis de estimação foram criados na Europa, em seguida nos Estados Unidos. Eles eram importados do Continente Africano.
  5. As espécies Roseicollis, Personatus e Fischeri são as espécies mais fáceis de criar, por isso encontramos com facilidade e preços mais acessíveis.
Com o tempo vou pondo mais coisas :)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O Temperamento dos Agapornis

Regra geral, os agapornis quando são novos vivem bem em conjunto, com algumas lutas ocasionais pelo território,  do género "isto é tudo meu, não é teu" mas que nunca chega a ser nada mais sério. Quando se tornam adultos e prontos a acasalar, o seu temperamento altera-se, podendo haver casos de bastante violencia entre as aves dentro da gaiola.Quando isso acontece é melhor separar as aves conflituosas (dominantes) para um espaço só delas, pois se isso não acontecer o mais certo é começar a ver feridas nos outros e manchas de sangue aqui e ali. Não é agradável e falando apenas nas aves mansas, não é esse o comportamento que queremos. Digo para se retirar a dominante do espaço inicial e não os outros, porque é uma forma de a fazer perceber que não é ela que manda. Se não forem disciplinados desde cedo, com a avançar da idade adulta começa a ser complicado. O que queremos são aves equilibradas que sabem reconhecer em nós o seu lider e não o contrário. Lidar com um Roseicollis manso é semelhante a lidar com um Jack Russel Terrier (cão que pensa que é gato).

Pode criar tranquilamente duas aves numa gaiola, mas nunca deve juntar uma ave inadvertidamente em uma gaiola que já tenha outro animal instalado, já que a nova ave poderá ser vista como um ser estranho e vai ser tratada como tal pelo agapornis já existente na gaiola. Para evitar tal situação, o melhor a fazer é vigiar, colocar as aves em gaiolas diferentes durante algum tempo, aproximando as gaiolas o maior tempo possível, para acostumá-las uma com a outra ou aprensentar uma à outra fora da gaiola vigiando a brincadeira (eu prefiro assim). Muitas vezes, como mansos que são e dependendo da idade, eles até recebem o companheiro de animo leve mas à casos que não, que levam imenso tempo a aceitar outra ave mas não desanime, pode levar muito tempo mas acaba por aceitar. Nos casos mais severos, adquirir uma nova gaiola pode ser uma solução, já que o espaço é novo para ambos. lembrem-se de não porem só um poleiro mais alto que todos os outros porque eles vão lutar por esse poleiro. The Penthouse is always better :)

São aves enérgicas e activas, que utilizam quase todo o espaço que têm disponível. Os agapornis que se encontram em gaiola gostam e precisam de estar entretidos e de serem estimulados, e para isto existem brinquedos especificos que podem ser adquiridos em qualquer loja de animais de companhia. A única condição é que os brinquedos, têm que ser suficientemente resistentes para aguentar o forte bico desta ave e serem seguros para não causar surpresas desagradáveis aos seus donos, os materiais dos objectos como certas borrachas tratadas e pintadas, peças muito pequenas como missangas, ferros, cordas, etc. devem ser avaliados antes de dar o brinquedo à ave. Espelhos são desaconselhados a aves sozinhas que passem muitas horas sem a presença de humanos e porquê? Porque podem começar a criar fixação pelo seu próprio reflexo. Dependendo da ave, porque cada caso é um caso, podem imaginar-se a si próprias ou imaginar que é outro agapornis.

Quando são crianças evitem deixar que subam para cima dos armários, varões de cortinados, cabeça, sitios altos, porque isso faz com que sintam que são dominantes em relação a nós (lider) e não é isso que queremos. Razão pela qual, aliada à segurança, opto por cortar as guias quando são jovens.